CONGELAMENTO DE EMBRIÕES

CRIOPRESERVAÇÃO

A criopreservação permite armazenar materiais biológicos para que sejam utilizados futuramente, sem que estes percam suas propriedades.  Ainda que possa haver alguma perda no número de congelados após o descongelamento, é uma técnica segura e o material armazenado não teria um prazo de validade, podendo ser utilizado muito tempo após ter sido criopreservado.

CRIOPRESERVAÇÃO DE EMBRIÕES

O avanço das técnicas de reprodução assistida e qualidade dos meios de cultura celular permitiram uma extensão do período de cultivo embrionário em laboratório, produzindo embriões de melhor qualidade e possibilitando uma triagem mais eficaz para a escolha do melhor embrião para transferência, diminuindo assim o número de embriões transferidos por procedimento e possibilitando o congelamento de embriões viáveis excedentes.

Outra vantagem da técnica de criopreservação embrionária é a possibilidade de congelar todos os embriões produzidos quando a transferência não pode ser realizada no mesmo ciclo de estimulação, prevenindo uma nova estimulação ovariana. O impedimento da transferência pode ocorrer por vários motivos, entre eles Síndrome do Hiperestímulo Ovariano, comprometimento da cavidade uterina, teste genético pré implantacional, casal que não deseja realizar transferência naquele momento, entre outros.

A técnica mais utilizada atualmente para criopreservar embriões é a vitrificação, que consiste na adição de crioprotetores ao material biológico e posterior resfriamento rápido em nitrogênio líquido. Este método evita a formação de cristais de gelo dentro das células do embrião, o que poderia ser prejudicial para a membrana celular. Após o congelamento, os embriões ficam armazenados em tanques de nitrogênio líquido a uma temperatura de -196°C por tempo indeterminado. A taxa de sobrevivência embrionária ao descongelar fica em torno de 99%.

Letícia Proença e Shana Flach

Embriologistas